A Arma de Lizzie Borden, Nick Gomez



Lizzie Borden é uma pessoa real que existiu nos Estados Unidos e sua história ficou tão famosa que acabou virando parte do folclore local. A história é simples: em 1892, seu pai e sua madrasta foram assassinados à machadadas e, apesar de ter sido absolvida do crime, nenhuma outra pessoa jamais foi considerada culpada, o que aumentou as fofocas. A história virou até cantiga de pular corda nos Estados Unidos:
Lizzie Borden took an axe
And gave her mother forty whacks.
When she saw what she had done,
She gave her father forty-one.

O longa de 2014 é uma representação da história e de tudo que pode ter acontecido na família e causado esse veredicto, que passa desde a vida da família até tudo o que ocorreu depois do julgamento. Desde o começo do filme é possível perceber que Lizzie é a assassina – pelo menos no filme – e mesmo assim é possível duvidar ao longo do tempo.

Lizzie, sozinha em casa com a empregada, encontra seu pai morto e deformado no sofá, e grita para chamar a outra moça. Diz que alguém entrou e o matou e chamam por ajuda. Depois de algum tempo, encontram a madrasta morta no andar de cima, seu corpo também destruído. Lizzie é ouvida, examinada em busca de vestígios de sangue e avisada de que precisará depor. A partir daí, a história se desenrola.

A atriz que interpreta a protagonista é assustadora. Pequena e com olhos bem grandes, ela é capaz de dar calafrios aos mais corajosos. Seu trabalho no longa foi ótimo, fazendo muito bem o papel de louca e o papel de inocente, em alguns momentos convencendo que não tinha nenhuma culpa no crime, mesmo com todas as cenas do início. É o tipo de pessoa que arrancaria seus olhos enquanto você dorme e te convenceria que você mesmo fez aquilo.

Sua irmã está sempre triste com o ocorrido, mesmo com a enorme fortuna que passa a ser delas, enquanto Lizzie faz piadas e comentários sarcásticos até nas situações mais inoportunas, como quando o advogado da família vai visita-la na prisão. Nada do que acontece a interessa, seu pai morto a machadadas não parece lhe tocar. Na contramão, a irmã é excessivamente sensível, sempre desesperada com o que irá acontecer.

Em minha breve busca quase 100% online, não consegui encontrar o quanto a personalidade dos personagens na adaptação foi baseada em relatos de pessoas que as conheceram, mas a culpa de Lizzie pelo assassinato brutal parece ser consenso. Ela foi acusada muitas vezes pela mídia local, inclusive depois de anos. É importante lembrar que naquela época não havia a mesma quantidade de assassinatos que temos hoje, até porque a população era bem menor, e a brutalidade do crime seria chocante até nos dias de hoje, quanto mais em 1892.

Hoje, a casa onde o crime ocorreu é um pequeno hotel barato. Você teria coragem de dormir lá?

1 comentários:

  1. Oi! Adorei o filme, aquele garota é macabra. Só não gostei do final :(
    Beijos, o blog é maravilindo <3

    https://canal4x1.wordpress.com/

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