E temos de volta mais uma temporada de uma das séries de maior sucesso no momento: The Walking Dead. Retornando depois de mais de seis meses, ou uma eternidade para os fãs, a série de zumbis chegou chutando a porta e colocando muito fã pra chorar. Vem comigo, vamos recapear todo o episódio e lembrar os melhores momentos.
O primeiro episódio da sétima temporada começa exatamente onde parou a temporada passada. Convenhamos que TWD não é uma série qualquer, goste você ou não, e esses cliffhangers do tipo “o que terá acontecido?” são tão desnecessários quanto irritantes. Lembra quando o Glenn morreu ou não morreu debaixo da caçamba de lixo na temporada passada? A série precisava daquilo para manter audiência ou uma linha narrativa sólida? Não, né? Nem precisava nos deixar seis meses sem saber quem teria sido a vítima de Lucille, mas ok, já tá feito... vamos lá.
Mesmo tendo começado do ponto final da sexta temporada, o episódio cria uma alternância de pontos entre presente e passado, onde Rick, sofrendo em algum lugar que ainda não identificamos, lembra os acontecimentos que veremos no decorrer do episódio. Novamente acho um truque desnecessário. A princípio temos Rick, totalmente atormentado pelo que viu (e nós ainda não), ameaçando Negan. Ao ser ameaçado, o vilão sorri e pede o machado de Rick e leva (os dois) para dentro do trailer, mas não daquela forma dos filmes de meia-noite na band. Nessa hora eu e todos os fãs que leram as HQs pulamos no sofá achando que Negan ia fazer aquilo que o Governador da série não fez.
Dentro do trailer, Negan chega a mostrar para Rick que a única saída dele é mata-lo ali mesmo, mas tudo para mostrar ao ex-policial que nem sua última saída é viável. Negan está mostrando que ele está, inevitavelmente, no controle total, muito evidente na cena pela posição de Rick encolhido nas sombras do trailer em silêncio e pânico. Em seguida o manejador de Lucille ainda mostra as novas regras para Rick, bem claramente: “você é meu. Aquelas pessoas lá atrás são minhas. Isso... (mostrando o machado de Rick) é meu”. Rick mais teimoso que mula grávida, mesmo depois de quase morrer numa sequência animal, ainda não leva fé. Mas lembre dessa cena para sempre pois Rick e Negan é a relação mais incrível de se acompanhar nas HQs e, eu espero, na série também.
Abraham, o dono do bigode mais bacana de todo o horário nobre da AMC :(
A coisa mais incrível sobre esse momento ainda é totalmente do personagem. Abraham é um guerreiro em todos os sentidos da palavra. Ante a ameaça de Negan de fazer mais mal a Carl caso alguém faça alguma coisa, ele, sabendo que vai morrer nesse instante, ainda tenta sinalizar calma para os demais. E, como todo bom herói boca suja, ainda manda um recado para Negan antes de partir pra uma melhor: “suck my nuts!”
Olha, eu até quero odiar o Negan, mas o Jeffrey Dean Morgan é f*da demais para isso!
Diferente do ruivo, Glenn tem sua morte bem detalhada e mostrada de maneira quase idêntica aos quadrinhos.
Mais uma cena do Negan porque sim.
Voltamos ao trailer. Amanheceu, veja só. Negan continua mostrando a Rick a merda de situação que ele está, mas ainda não acredita e ele começa a limpar o machado. E eu fico pensando “CORTAISSOPELOAMORDEDEUS!”. Mas não. Meu sadismo vai ter que esperar.
Negan até devolve o machado para Rick. Diz que ele vai precisar. Eles voltam ao local dos espancamentos e Negan continua incomodado pela maneira como Rick olha para ele. Não é um olhar de submissão. Então vamos tentar mais uma coisinha...
Olha essas armas apontadas para cada um de seus amigos.
Olha seu filho vindo aí... Chega aê, champs
Olha esse pilot que o Simon, sabe-se lá porque, guarda no bolso
Agora corta aqui ou eu mato todos seus amigos, corta?!
Aí então Negan decide ir embora e levar algum figurante que um dia já foi interessante com eles.
Um silêncio aterrador cai sobre os sobreviventes e ninguém consegue quebrar. Até que Maggie começa a se levantar. Bacana que seja ela, a que mais perdeu ali, a ser a se erguer primeiro. Ok que ali é uma pessoa que não tem mais nada a perder, mas ainda assim ótima cena. Nas HQs, Maggie se torna uma personagem muito badass e eu acho que é ali onde começa essa transição, ainda reforçando a ideia da série estar se reaproximando demais dos quadrinhos. Ela quer dar um fim digno ao corpo do marido (nem lembro se eles chegaram a casar, mas fuck it) e todos juntos fazem isso com os dois amigos caídos.
Achei, inclusive, muito bacana o Rick colocando para Maggie que eles eram uma família e, assim como Glenn, Abraham também tinha seus parentes no mundo novo, que fica evidenciado por essa cena. É dor para todo lado, amigos.
Mas só de sacanagem a AMC decide brincar com nossos sentimentos mais uma vez.
Opinião: Esse foi um episódio completo, fechadinho. Teve início seis meses atrás e concluiu, curiosamente, criando palco para o início de uma nova fase na série onde não há mais a liderança nas mãos do grupo de Rick, muito menos nas mãos dele, e pior: eles são submissos a uma força que não podem conter ou combater. A reaproximação da série aos quadrinhos não é algo que eu ansiava por, mas que, caso continue, será bem vinda, mas me preocupa as ações necessárias para que tal reaproximação aconteça. Teremos outra morte sem propósito? Daryl não existe nas HQs, ele será morto, então? Só o tempo dirá, mas eu espero. Só não demorem seis meses, por favor. No próximo episódio, acredito que teremos os sobreviventes chegando a Alexandria e Maggie em Hilltop, fora que Ezekiel está vindo aí e eu não me aguento de ansiedade para reclamar do CGI. Até semana que vem!
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