O Ditador, Larry Charles



Sacha Baron Cohen já é um ator de comédias bem conhecido, depois de interpretar Borat e Bruno, dois grandes filmes desse século. Seu personagem dessa vez é o General Aladeen, ditador do país fantasia Wadyia, extremamente egocêntrico, arrogante, cruel e sem a menor noção de absolutamente nada.

Aladeen cresce achando que é amado pelo seu país, quando na verdade é apenas temido por suas execuções por motivos esdrúxulos, como quando ele decide ignorar os engenheiros e ordenar o formato do míssil que será construído porque era o que aprendeu em desenhos animados. Apesar do medo geral, o ditador corre o risco de ter o trono tomado por seu tio, Tahir, que seria o herdeiro de qualquer forma. Sua barba icônica é raspada e ele é substituído por um sósia, que anunciará ao mundo que Wadyia será uma democracia.

No melhor humor pastelão, Aladeen conhece a americana Zoey, que é o estereótipo da ativista de todas as causas, dona de uma loja vegana e que tenta ensinar o mínimo de maneiras a ele, que claro, continua causando confusão. O problema é que ela pensa que ele também é um ativista, pois se conhecem quando o ditador verdadeiro tenta invadir o local onde o seu substituto fará um discurso. É claro que isso vai virar uma história de amor bem ridícula.

Uma das melhores cenas do filme, se não a melhor, é o discurso do verdadeiro Aladeen para defender o governo ditatorial, feito apenas de fatos sobre os Estados Unidos e alguns outros países do mundo, como toda a riqueza na mão de 1% da população, monopólio da imprensa e muitos outros problemas que realmente existem. É claro, esse discurso é feito nos Estados Unidos, para a ONU.

É fácil perceber uma série de críticas a governos ao redor do mundo, indo dos ditadores conhecidos Ahmadinejad e Kim Jong Il a democracias de fachada, como dos Estados Unidos, Brasil e outros. O filme é cheio de piadas de péssimo gosto e preconceituosas, mas é bem mais fácil de aguentar justamente porque o personagem que as faz é construído para ser odiado, para ser ignorante e desagradável. Assim, esses preconceitos são associados ao “ruim”, diferente de quase todos os filmes que vemos por aí, o que torna esse longa muito interessante de se assistir. Está pronto para o melhor filme ruim que você vai assistir esse ano?

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