Como se Apaixonar, Cecelia Ahern




Este livro foi uma cortesia da editora Novo Conceito

Christine é uma mulher comum. Completamente comum, como em muitos chick lits. Bonita (na minha imaginação, muito bonita), casada, com um bom emprego, uma boa família – pelo menos no padrão da maioria – e feliz. Isso até encontrar um homem querendo se matar. Ela parece ter uma boa alma e parece se empenhar em ajudar qualquer desconhecido, então não consegue se afastar, mas, de alguma forma, acaba piorando o problema e observa enquanto o homem desconhecido tira a própria vida.


Esse é o tipo de acontecimento que mudaria a vida de qualquer um e com Christine não é diferente. Além do interrogatório feito pela polícia, ela decide tirar o comodismo da sua vida e acaba com seu casamento. Seu marido, porém, é quem deveria se explicar para a polícia pela infantilidade com que encara toda a situação. Com um marido daqueles, é preferível ficar a vida toda solteira.

Adam é um pobre garoto rico, e com rico eu quero dizer herdeiro de uma empresa multimilionária de chocolates. Mas esse não é bem o sonho dele. Nada do que acontece em sua vida é o que ele sonhava, na verdade. Então ele tenta acabar com a própria vida. Parece uma solução razoável, certo? Bom, para alguns, parece.

Christine não é uma pessoa muito sortuda aparentemente, e cruza com Adam em uma ponte, nesse momento crucial. Dessa vez, pelo menos, consegue que o homem desista de se matar e faça um acordo, onde ela terá alguns dias para mostrar a ele que a vida vale a pena ser vivida. Assim, a vida dos dois se encontra, com ambos em frangalhos.

Adam e Christine têm vidas bem bagunçadas e temos alguns personagens bem construídos, como o marido de Christine e o pai de Adam, que geram empecilhos e uma série de aprendizados. Afinal, todo chick lit tem um quê de auto-ajuda, não que eu veja isso como um problema. Afinal, não é isso que idolatramos nos bons livros, o quanto eles nos fazem pensar sobre nossas vidas e sobre o universo? Acredito que esse só esteja menos disfarçado, por ser realmente a história de uma mulher ajudando um desconhecido e se ajudando ao mesmo tempo. O objetivo é que Adam se apaixone pela própria vida novamente e consiga lidar com tudo, continuando vivo.

Comprei a edição desse livro em inglês, “How to Fall in Love”, que é realmente adorável, com o fundo azul e pássaros dourados em relevo na capa (como a imagem aí em cima), mas quando a tradução foi lançada, fiquei bem mais empolgada. Pelo que percebi, a tradução foi bem feita e com muita atenção aos detalhes. Por exemplo: todos os capítulos começam com “como fazer algo”. No Brasil isso não é tão comum, mas os livros “How to”, bem como vídeos e canais, são extremamente comuns nos Estados Unidos e possuem uma variedade imensa. A personagem principal, Christine, é um tanto quanto obcecada por esse tipo de livros. Esse tipo de referência não foi perdida na tradução, embora nem todo mundo consiga perceber esse detalhe. Os nomes dos capítulos foram uma boa sacada da autora e ficaram muito bonitinhos.

Um problema no livro: o final é previsível. Estupidamente previsível. E eu odeio finais assim. Mas tudo bem, o decorrer do livro valeu o tempo gasto, com toda a certeza do mundo. Foi uma leitura muito divertida, envolvente, me rendeu até algumas risadas altas ao longo da história, além de ter sido um livro super rápido e doce, em vários sentidos.

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