X (Multiply), Ed Sheeran






A primeira coisa que você precisa saber é que eu não gosto de Ed Sheeran, ou melhor, não gostava até algumas horas atrás. A única coisa que me agradava no trabalho dele era o single "Give me love". Foi somente depois de notar um amigo ouvindo o tempo todo o álbum aqui debatido que resolvi dar uma chance à música e me apaixonei pelo estilo do Rony Weasley, ops, ruivinho. Graças a uma rápida visualizada na discografia do Ed, sei que ele gravou uma série de EP's e um álbum intitulado "+''. O trabalho foi aclamado pela crítica e adorado pelos fãs, tendo rendido uma indicação ao Grammy por "Canção do ano" com "The A Team", mas acabou perdendo para a banda Fun. e sua ótima "We Are Young".

Mas estou aqui é para falar sobre o "X", que posso dizer que o conheci intimamente nessa noite passada. Feito em parceria com um pelotão de produtores brutais, "X" é um pop/indie magnífico, bem diverso e comovente. Percebe-se de cara que é um trabalho bem experimental, onde o cantor quis testar onde é ou não bom e, ainda bem, não deixou nada a desejar, acertando em cheio em cada faixa.

Com composições sarcásticas e um ritmo animado, óbvio que tem algumas baladas, que fizeram Sheeran ser conhecido do grande público. “I’m a Mess”, “Bloodstream” e algumas outras pegam o cargo de "bonitinhas" do disco, com letras emotivas e arranjos bem simples, quase todos ao som de cordas e mesmo assim conseguem se destacar na tracklist.

“Afire Love” é uma das canções mais trabalhadas e cruas, baseada na luta e perda do avô do cantor para o mal de Alzheimer, e “One”, sobre a tristeza de um amor não correspondido e conturbado. Para ser justo, “Photograph” e “Runaway” são as que roubam toda a cena do álbum. A primeira foi comparada com "Angels", do Robbie Williams e a segunda tem o melhor estilo Justin Timberlake possível, um pop nostálgico e de muita qualidade.

“Don’t” é bem ácida, feroz e escolhida como o segundo single promocional do álbum. Uma letra crua sobre traição de "uma caso passageiro e sem compromisso". As más línguas dizem que é uma indireta para Ellie Goulding (já não basta receber shade da Marina?) e a relação mal explicada que os dois viveram. "Sing" eu já conhecia e gostava um pouquinho, mas ouvia com preconceito por não gostar muito do Ed, como já dito. "The Man" é um batidão onde Ed ataca de Eminem na maior parte da música com um rap bem sacado.

A qualidade do álbum é impecável e cada faixa traz uma peculiaridade. Seja na harmonia, falsetes ou na voz suave de Ed. Tem música para qualquer momento ou situação da vida, mas o clima para se ouvir a dois é ainda mais apaixonante, vale a pena dar um play.

0 comentários:

Postar um comentário

 

BLOG HORRORSHOW - CRIADO E DESENVOLVIDO POR ARTHUR LINS - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © 2015