Smoke + Mirrors, Imagine Dragons




Lançado dois anos após o "Night Visions", o segundo álbum da banda liderada por Dan Reynolds traz uma imagem bem diferente da que os fãs estavam acostumados. Mesmo que todos saibam que o Imagine Dragons não tem nenhuma dificuldade em variar o repertório, "Smoke + Mirrors" foi uma surpresa, para a maioria, positiva, mas negativa para todos. 

Afastando-se de seu visual um pouco sombrio, o álbum carrega uma sonoridade quase ensolarada e o primeiro single divulgado, "I Bet My Life" foi comparado a outras bandas alternativas. Mas tudo para por aí.
A banda cresceu e demonstra novamente que não precisa se vender para fazer sucesso; independente de agradar, eles fizeram o que sentiram vontade. Eu não gostei de tudo, mas não tem como dizer que eles não possuem talento. Do pop ao rock, flertando com o eletrônico, há um pouquinho de cada para todos os gostos.

Abrindo o álbum temos "Shots", tranquila e alto astral, com uma letra forte e refrão não tão marcante, é uma faixa que pode ser ignorada a medida que se ouve o CD. "Gold", "Smoke + Mirrors", "I'm So Sorry" seguem num ritmo alternado, com batidas marcantes, cordas em evidência e vocais muito bem trabalhados, vozes em um conjunto perfeito. 

A segunda parte é bem folk e ao mesmo tempo um pouquinho agressiva, com melodias que crescem até atingirem notas bem elevadas. Destaca-se "Polaroid" e "Friction". Numa espécie de terceira camada, as músicas seguintes são as que poderíamos chamar de comerciais, as que mais agradarão aos fãs do "Night Visions", como "Dream" e sua letra de encorajamento e "Trouble", que é quase uma "It's time" 2.0. 

O álbum comum é encerrado com "The Fall", que é bem diferente das demais, uma música em que eles brincaram com os instrumentos, mas muitos não gostaram. A versão deluxe do álbum traz ainda cinco faixas extras, bem suaves, ao piano ou calmas guitarras. A que mais gostei entre elas foi "Second Chances". Para encerrar, a excepcional e talvez a melhor de todas as faixas, "Warriors", com todo seu elemento de guerra, tambores. A vibe épica é contagiante. 

A arte de capa é linda também, com mãos atadas por ouro, soltando um pássaro para seu tão esperado voo. A ideia de liberdade é nítida e reflete em todo o trabalho em um só elemento. Vamos continuar vendo e aguardando tudo o que Imagine Dragons pode trazer para nós ainda, seja de bom ou ruim.

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