O Diário da Seleção, Kiera Cass


Sempre pensei que livros e leitura são coisas coletivas. Não gosto da ideia de que leitores são pessoas exclusivamente tímidas e reclusas. Não sou assim e nunca fui. Este também é um livro de atividades, como Uma Página de Cada Vez, e isso o torna uma atividade ainda mais social. Por isso convidei uma amiga minha, a Ingrid Souza, para participar dessa brincadeira comigo.


Não creio que sejamos o público alvo desse livro, assim como não éramos o público alvo da série original, A Seleção. Somos universitárias de 20-21 anos, e imagino que os livros sejam direcionados para meninas de 12 a 15 anos, mais próximas à faixa etária de América. Na Bienal do Livro de São Paulo de 2014 conhecemos garotas mais jovens que isso, que foram acompanhadas pelos seus pais. Levamos também os livros de duas garotas aleatórias que conhecemos enquanto comíamos, sentadas no chão, que não conseguiram chegar a tempo para pegar uma senha de autógrafo. Elas pareceram bem felizes. Como muitas pessoas, despertamos nosso lado infantil.

Fui com essa amiga para a Bienal, e lá conseguimos o autógrafo da Kiera Cass. Realmente, a maior parte do público tinha no mínimo 5 anos a menos que nós, mas não acho que isso seja uma restrição, nem para este livro e esta série, e nem para outros. Tirando certos livros de terror ou sexo, não vejo problemas na relação idade-livro. Alguns veem.


Gosto da série A Seleção, apesar de ser um livro estereotipicamente feminino, e eu não ser exatamente uma garota feminina, e acho que o livro pode ser inclusive analisado mais profundamente. Costumo defendê-lo para quem diz que é “superficial e vazio”. Ok, é a história de uma plebeia que casa com o príncipe, é bem Disney mesmo, mas a sociedade que Kiera cria em seus livros é algo bem interessante e relacionável com o mundo.

O Diário da Seleção não tem muito a ver com isso. É um livro bom para quem gosta de passatempos, para quem gosta da série e para quem é criativo e não tem problema nenhum em riscar um livro. Não posso dizer que recomendo a todos, mas certamente cumpre sua proposta muito bem: é divertido e bem feito. Como história, procure mais sobre A Seleção e o leia como mais do que apenas uma história sobre um triângulo amoroso, você pode se surpreender. E depois procure suas amigas e amigos e vá se divertir de um jeito diferente.

Este livro foi uma cortesia da editora Companhia das Letras

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