Chernobyl, Bradley Parker





Eu não gosto muito de filmes. Sabe o que dizem sobre existirem pessoas gato, pessoas cachorro e pessoas que gostam dos dois? Então. Eu sou totalmente uma pessoa livro e nada de pessoa filme. Falando sério, a última vez que fui ao cinema foi em novembro de 2013, e tinha um motivo muito bom pra isso. Ainda era um daqueles filmes de comédia babaca, sabem? Pois é. Chernobyl foi um filme que eu tive o desprazer de assistir no cinema.

Vou avisar três coisas: 1- Essa resenha conterá spoilers da história e principalmente do final, porque é algo que eu realmente preciso mencionar. Se não quiser spoilers, vou resumir por aqui: o filme é realmente muito ruim; 2- Essa resenha também será em uma linguagem um pouco diferente do habitual por aqui, simplesmente porque não consigo levar esse filme a sério; 3- Não assisti a muitos filmes na vida, sequer assisti mais de cinco filmes da Disney, mas esse foi um dos piores longas que eu já assisti.



Vocês conhecem um filme que parece muito bom no trailer, no começo você até está colocando fé na história, achando que pode ser legal, mas a parte legal não chega nunca? Ou mesmo um filme que você olha pra tela com a maior cara de “Mas que diabos eu acabei de assistir...?” da vida? Então. Essa foi a minha reação, porém muito menos educada.

Pensei, poxa, é um filme sobre radiação nuclear, adoro a história real de Chernobyl (não que eu goste do acidente, mas enfim, vocês entenderam) e, como filme de terror, no mínimo vou ver alguns mutantes e/ou zumbis. É o que qualquer pessoa normal pensaria, certo? ERRADO. Mais um ponto: eu não gosto de filmes de terror. Sou extremamente medrosa e não sei lidar nem com o terror mais bobo do mundo. Se esse filme é mesmo de terror? Não, não é. Entendo que exista o terror psicológico, onde na verdade não acontece grande coisa na história em si, mas você leva o problema para a sua vida. Não funcionou assim.

Chernobyl basicamente conta a história de um grupo de viajantes curiosos que, como todo personagem burro de filme de terror, resolvem fazer algo “contra as regras” e, durante uma visita já bem restrita à área do acidente nuclear, ultrapassam certos limites. Você até se assusta em alguns momentos, com alguns bichos e barulhos aleatórios. Em um momento, o grupo entra em uma casa desconhecida e encontra um animal selvagem. Ok, ele aparece, você se assusta porque está esperando algo, mas nada acontece. Nada. Nada mesmo. O máximo que você vai ouvir são barulhos. O filme todo. Não, não estou exagerando.

Os personagens principais começam a desaparecer aos poucos, de novo, como em todo filme de terror, mas não temos como saber se eles estão realmente mortos. A história continua andando, o grupo até entra em lugares absurdos, como canos, para fugir dos sons, onde nenhuma pessoa em sã consciência entraria; você cria uma expectativa e, de novo, nada acontece. Até que finalmente todos são atacados pelo “desconhecido”. Digo desconhecido porque ainda não dá para saber o que está acontecendo, se são mutantes, zumbis, animais, aliens, o bicho papão, sua sogra, etc.

A cena corta, você acha que finalmente acabou, e então vê uma moça do grupo sendo levada em uma maca por pessoas de máscara (Médicos? Mutantes? Zumbis? Aliens? Quem???), falando em russo ou ucraniano. A moça não está entendendo nada, mas você, que está assistindo entediado ao filme, tem a legenda bonitinha. Eles falam que ela foi a única sobrevivente. Ela está em desespero. Eles perguntam se ela viu, se ela sabe. (De novo, O QUE?) Até que a colocam em uma jaula e você pensa “Hm, estão evitando alguma contaminação”. O barulho estranho, que você ouviu o bendito filme inteiro sem ter a menor ideia do que se tratava, volta, e pra finalizar, aparecem criaturas pra engolir a moça. E você continua sem saber o que são aquelas criaturas, porque o final foi tão rápido que você nem teve tempo de ver se eram verdes. Não que isso fosse muito esclarecedor. O importante é que o filme acabou.

Então você fica encarando a tela, encarando seus amigos, encarando o preço exorbitante do ingresso que acabou de desperdiçar e as horas da sua vida que jamais serão repostas. Sim, é ruim dessa maneira. Só pra completar: a fotografia é fraca e a trilha sonora também é fraca. Decepção é o que eu tenho a dizer. Fujam. Não das criaturas, do filme mesmo. Podem até abraçar as criaturas e consolá-las pelo filme delas ser tão ruim.

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