Universal, Jessica Andrade (9th Pub)


Olá pessoal.

Hoje apresentamos o 9th Pub. Como o nome dá a entender, será um lugar para relaxar, beber um Moloko e viajar um pouco, tal como um pub. Aqui vocês encontrarão textos diversos, nossos e de convidados (ou seus, leitor!), que não sejam as típicas resenhas. Curiosidade: o nome veio da 9ª sinfonia de Beethoven, que é a música preferida do Alex de Laranja Mecânica. Remete à uma ideia de local onde os Droogies bebiam seus Molokos. Também faz referência ao número de nossos resenhistas ativos, que são 9.

Pra inaugurar nosso novo espaço, temos um texto mais sentimental (que vocês ainda não viram por aqui) da convidada Jessica Andrade, que tem 18 anos e é de Campinas, São Paulo. 

"Nós, seres humanos, e tudo o que existe no universo somos formados por um aglomerado de átomos, a unidade básica da matéria que, por sua vez, é formado por uma variedade de partículas. Objetos muito pequenos cujo diâmetro é de apenas alguns décimos de nanômetros e sua massa é mínima em relação ao volume. Já o tamanho de uma pessoa, em média, varia de 160 a 170 centímetros. São 82.640 centímetros a menos que o arranha-céu mais alto do mundo, Burj Khalifa em Dubai. São 884.640 centímetros a menos que a montanha mais alta do planeta, o Monte Everest na cordilheira do Himalaia. É uma comparação e tanto, não? Mas imagine que o nosso planeta, o terceiro mais próximo do sol e o quinto maior do sistema solar, tem 12.742 quilômetros de diâmetro. Já o maior planeta do sistema tem 139.822 quilômetros de diâmetro, cerca de 1.391.315.200 centímetros a mais que o Monte Everest e 1.251.862 quilômetros a menos que o Sol. Consegue imaginar? Deixe me ir mais longe, então. Nosso sistema solar é só uma pequena parte, muito pequena mesmo, dentro da nossa galáxia, a Via Láctea, que, por sua vez, tem cerca de 112 milhões de quilômetros de extensão. Existem, provavelmente, mais de 170 bilhões de galáxias no universo observável. Pode-se dizer que, em sua maioria, essas galáxias possuem de 1.000 a 100.000 parsecs de diâmetro. Para os leigos, essa é uma unidade astronômica que representa distâncias estelares, sendo 1 parsec equivalente a 3,08567758 x 1016 metros.

Uau! Somos uma parte muito, muito, muito pequena desse universo que é quase imensurável. Quase. Voltamos para a Terra e eu vou contar-lhe o que é imensurável de verdade. Um ser humano tem, em média, 60 a 100 batimentos cardíacos por minuto. Uma pessoa apaixonada pode apresentar 168 bpm e, aqui vai uma curiosidade, os batimentos podem ser sincronizados por um casal. Isso se deve pela liberação de hormônios como a adrenalina e a noradrenalina, que causam a sensação de borboletas no estomago. Falando cientificamente, o amor é o resultado de uma complexa cadeia de reações químicas no cérebro. Nada além.

Contudo, eu gosto de acreditar na implicação filosófica do sentimento que vem controlando gerações e gerações de corações, no sentido não literal. No ponto em que nós, almas solitárias e minúsculas num universo infinitamente imenso e em expansão, somos predestinados a encontrar um par, com um propósito muito maior e mais profundo que a reprodução da espécie. No momento em que valorizamos coisas menores que nós mesmos, atitudes cotidianas e implícitas que dão um caráter singular ao outro. Gosto de pensar no amor como algo não descrito, não definido, não medido. Tal que seja muito maior que o universo, que abrace todas as nações, todos os planetas, todas as galáxias. Tal como algo único e ao mesmo tempo universal. Incomensurável.

̶ Jessica Andrade

*Os dados científicos fornecidos no texto podem ou não serem exatos, de fontes globais não exclusivas.

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