Caso 39, Christian Alvart



Morro de medo de filmes de suspense e terror. Eu sou aquela pessoa que se assusta mais do que uma criança pequena com absolutamente qualquer coisa no filme. Por isso, quando um filme não me assusta, sinto que preciso falar sobre ele. Esse foi o caso aqui. Caso 39 é um filme de suspense/terror que veio depois do sucesso de “O Sexto Sentido”, mas a temática não é exatamente a mesma, embora a condução da história seja semelhante.

Emily Jerkins, interpretada pela Bridget Jones, quer dizer, Renée Zellweger, é uma assistente social que quer mudar o mundo. Trata-se do estereótipo de profissional que quer mudar a vida das crianças de qualquer maneira e adotaria todas. O caso 39 é Lilith Sullivan (belo nome, não?), uma garota que está sofrendo nas mãos de pais abusivos. Quando essa informação chega a Emily, ela faz de tudo para salvar a garotinha de seus pais, claramente perturbados, e acompanha a garota, pedindo que ela ligue caso tenha problemas. Assim, Lilly liga para Emily quando seus pais tentam matá-la.

Emily se envolve demais no caso e acaba trazendo Lilly para sua casa, apesar de não gostar muito da ideia de ser mãe solteira. Lilith, caso você não tenha entendido o destaque, é um nome bem problemático, sendo, inclusive, o nome de um demônio ligado à destruição e fogo. E aí as coisas ficam interessantes. A criança mostra a que veio e atormenta a vida de Emily de todas as maneiras possíveis e imagináveis e ainda faz parecer que é apenas um anjinho que precisa de amor e atenção.

Descobri que o filme tinha dois finais possíveis e somente um foi exibido nos cinemas, justamente o que não estava no trailer, e poucos perceberam a troca. Não posso opinar sobre qual é melhor porque assisti apenas ao final que está na Netflix. Caso você se interesse em ver os dois finais e compará-los, o final alternativo está disponível nos extras do dvd e deve ser relativamente fácil achar isso na internet. Não fui eu que disse, ok?

Claro que não era essa a intenção do filme, mas me fez querer ficar bem longe de crianças. É mais um daqueles filmes onde ninguém é o que parece no começo. Acho que toda a transformação e a revelação das personalidades foi bem feita, nem muito rápida nem muito lenta, mas mesmo assim a protagonista parece bem burra. O que é clássico em filmes de suspense/terror.

Apesar disso, a temática e o roteiro não são dos mais originais. A fotografia assusta mais do que o roteiro em si, porque as partes mais “tensas” do longa não são grande coisa. A atriz que interpreta Lilly é muito boa e convincente, mas Renée é a eterna Bridget Jones e acho muito difícil vê-la em outros tipos de personagem, mais ou menos como Jim Carey, com a diferença de que o ator é realmente muito bom em qualquer coisa.

0 comentários:

Postar um comentário

 

BLOG HORRORSHOW - CRIADO E DESENVOLVIDO POR ARTHUR LINS - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © 2015