A Floresta Maldita, Jason Zada



Japão... Ahhhh, o Japão. O lar das bizarrices nas telas, seja em filmes de terror ou outras coisinhas – se é que você me entende. O filme não é japonês (ufa!), mas se passa em uma floresta do país, conhecida por ser o local de muitos suicídios. Mesmo que a pessoa mude de ideia após entrar, é impossível que saia com vida.

Vamos começar pelo começo: a floresta Aokigahara de fato existe e fica na base do monte Fuji. Além disso, ela é realmente conhecida por ser o cenário de muitos suicídios – aproximadamente uma centena de corpos é encontrada lá todos os anos. Alguns detalhes do filme são reais também, como por exemplo as cordas que os potenciais suicidas amarram para conseguirem encontrar o caminho de volta caso mudem de ideia. Outro detalhe verdadeiro é que algumas pessoas que não estão totalmente certas do suicídio vão até lá com uma barraca e acampam por alguns dias. Isso tudo é culpa de um livro famoso em que o personagem se mata nessa floresta.

Jessica é a irmã gêmea de Sarah que mora no Japão e desapareceu após entrar nessa floresta. Alguns locais avisam Sarah que sua irmã provavelmente entrou lá para se matar, mas ela não acredita. Apesar de ter tido uma vida conturbada, Jessica não se mataria. E gêmeas sabem. Eu não sei se sabem, não tenho uma.

Sarah então abandona seu noivo e vai para o Japão fazer sua própria busca. Normal, não é? Pra quê deixar guardas florestais fazerem isso, se eu posso viajar metade do mundo e me colocar em perigo também? Como se essa burrice não fosse o suficiente, todos (TODOS) os locais que ela encontra a avisam para que não entre em Aokigahara, todos acreditando em um poder sobrenatural da floresta.

Como todo bom personagem de filmes de terror medianos, a protagonista é burra. Em um bar, conhece o típico protagonista bonitinho, Aiden, que também a avisa para não entrar na floresta. Se oferece para ir com ela, preocupado – que gracinha né? Não. Outro burro. Aiden pede a Michi, um guia local, que Sarah vá junto, embora não recomende que pessoas tristes entrem na floresta. Aiden é jornalista e está escrevendo sobre o local, por isso COINCIDENTEMENTE já tinha essa entrada marcada. E, é claro, quase não deu em cima da moça. Quase nada.

Isso poderia ser a receita fantástica para um filme de terror, mas não foi bem isso que aconteceu. Gostei dos efeitos e da fotografia do longa, mas a história foi mal explorada e o final foi apressado demais. Muito tempo gasto construindo um suspense para concluí-lo com vários buracos. Como se estragar o final não fosse o suficiente, o ar de zombaria dado por Sarah à população local chega a incomodar. Ela zomba das crenças, dos costumes e dá a entender que a população japonesa só acredita em absurdos e faz besteiras, quando a burra que faz cagada o filme todo é ela. Pelo menos não vi peitinhos aleatórios nem afins, já considero lucro.

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