Armadilha do Paraíso, A. C. Crispin


Este livro foi uma cortesia da Editora Aleph

Armadilha do Paraíso é o primeiro volume da trilogia do Han Solo, escrita por A. C. Crispin, mesma autora de Star Trek – Portal do Tempo. Essa trilogia não faz parte do cânone oficial, recebendo, então, o selo Legends. O intuito principal da trilogia é fornecer uma história de background para Han Solo, o mercenário que todos amamos.

Nesse primeiro volume somos apresentados a um jovem Han Solo que está a bordo de uma nave de contrabandistas. A intenção deles é ir ao planeta Ylesia. Esse planeta (o paraíso do título) é uma refinaria de uma substância ilegal que vão transportar. O planeta é povoado por criaturas que conseguem criar ilusões muito prazerosas para os peregrinos que para lá vão, mantendo-os escravos. Han está a bordo da nave para juntar recursos para custear sua formação como cadete na Academia Imperial. A bordo da nave, cria imediata amizade com Dewlanna, uma Wookie, e ela se torna a única com quem ele se importa.

Apesar desse ótimo plot, a trama principal do livro é um romance entre Han e Bria, uma peregrina que Solo convence a fugir de Ylesia. E, mesmo se tratando do durão Han Solo, esse romance é muito bem desenvolvido e é bastante satisfatório até para aqueles que têm medo de um Han Solo mais humanizado. Mas não se engane: Han Solo ainda é o mesmo Han Solo que conhecemos dos filmes: o mesmo sujeito esperto que acaba cativando a todos.

Um dos pontos mais interessantes do livro é a desconstrução, em parte, do que temos como dado sobre Han. É estranho, em um primeiro momento, observar Solo como uma criança sofrendo de amor, mas o livro promove isso de forma natural. Por mais que seja da maneira como vimos nos filmes, ele fora, em algum momento, uma criança, e assim como todas as demais crianças, foi inseguro e teve medo.

Apesar de ser uma ótima leitura, notei duas falhas no livro de Crispin. A primeira delas está no título. Ao ler a história sobre um planeta que serve de refúgio para peregrinos religiosos, sendo descrito quase como um Éden do universo, já podemos inferir um spoiler no nome da obra por ser “A Armadilha do Paraíso”, mas não que isso vá estragar a leitura de alguém. Uma outra falha é a colocação do clímax da história. O conflito mais interessante acontece a poucas páginas do final. Ok , isso fornece um ótimo gancho para o próximo volume, mas me deixou com uma impressão de que a história poderia, por conta disso, ter sido sintetizada em um livro ou dois.

A. C. Crispin é uma excelente autora. Ela conseguiu, assim como em Star Trek, trazer a personalidade já conhecida dos personagens e adicionou traços que desejava, sem comprometer o que já era estabelecido. É como uma feliz adição ao universo já amado de Star Wars e será muito bem recebida pelos fãs. Até por aqueles mais tradicionalistas que se recusam a qualquer variação das histórias originais. Ao final da leitura, você olhará para o livro e dirá “que livro bom!” e eu responderei de algum lugar: I know!

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