Box Serial Killers, Ilana Casoy



























Nos últimos anos, um dos assuntos mais comentados e mais interessantes para muitos é o de serial killers. A série Criminal Minds (que está atualmente em sua décima primeira temporada), assim como Dexter e as muitas versões de CSI indicam que esse é um tema muito procurado para entretenimento. Pode até parecer um pouco perturbador o quanto as pessoas se interessam por personagens – ou pessoas reais – perturbados. Só o que eu posso dizer é que gosto muito e me sinto muito normal quando leio ou assisto algo do tipo.

Na obra de Ilana, os dois volumes se completam. Enquanto o primeiro dá uma boa introdução à criminologia dos perfis, não apenas de criminosos e assassinos, e fala sobre assassinos seriais notáveis no mundo, o segundo disseca os perfis de assassinos seriais no Brasil, desde o primeiro conhecido, José Augusto do Amaral, que fez sua “carreira” em 1926.

Das séries mencionadas, Criminal Minds é o que mais trabalha com a análise de perfis, sendo os protagonistas justamente o setor de análise comportamental do FBI. Foi muito interessante associar o que a autora descreveu com o que fazem nas séries. Também me impressionei com o perfil que traçaram de Adolf Hitler na época da Segunda Guerra Mundial e o quanto a história provou estar certo. Acho que eu jamais trabalharia em algo assim porque acabaria com as minhas relações interpessoais.

Esses livros não são recomendados a quem tem estômago fraco e não gosta de detalhes. Os detalhes vão de abusos na infância a fotos dos corpos das vítimas. Algumas são bem impressionantes para quem não está acostumado e chegam a parecer um quebra-cabeças. Acredito que isso seja um dos elementos que torna a obra extremamente interessante para qualquer tipo de público, desde estudiosos da área até os curiosos que adoram ver um monte de sangue.

Destacarei os dois casos que mais gostei. O Assassino do Zodíaco, dos Estados Unidos, foi muito prolífico e provocava a polícia com frequência, tendo até seu próprio símbolo. Buscava atenção e a conseguia, não tendo sido identificado até hoje e permanecendo uma lenda no país e no mundo. Do Brasil, temos Chico Picadinho, mencionado no Linha Direta – quem não lembra daquela música? –, que, além de ser extremamente brutal, apesar de não ter cometido um grande número de crimes, diz ter usado praticamente uma coleção de drogas recreativas ilegais e é grande fã de Franz Kafka e Dostoiéviski e parece protetor em relação a sua filha.

O trabalho da jornalista inclui também longas transcrições de entrevistas com alguns dos serial killers mais famosos do Brasil, não necessariamente pelo seu número de vítimas, o que acaba deixando a leitura um pouco lenta e cansativa, apesar de muito interessante. Outro detalhe que me chamou muita atenção foi a tabela com o número de mortes por assassino e o número de serial killers por país. Obviamente os Estados Unidos ganham de longe. Quer dar uma voltinha na Disney? Tem certeza?

Vale lembrar que os livros Serial Killers: Anatomia do Mal, Social Killers e Manson também foram publicados pela mesma editora e tratam do mesmo tema, aos que tem interesse. A autora também publicou um livro sobre o caso Nardoni (A Prova é a Testemunha) e um sobre o caso von Richtoffen (O Quinto Mandamento) – e eu vou recomendá-los embora não aguente mais ouvir sobre nenhum desses dois casos.

1 comentários:

  1. Eu estudo psicologia e acho esse um dos assunto mais interessante no momento. Tenho muito interesse nesse box, adorei seu texto!
    Gislaine | Paraíso da Leitura

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