Renovo: O Poder de se Reinventar, Fernando Moraes



Este livro foi uma cortesia da editora Novo Conceito

Renovo foi uma surpresa maravilhosa para mim. Não acho que se trata de um livro de autoajuda pelo simples fato de que caso um leitor preste atenção e pratique boa parte do que está no livro (o que é bem difícil), se tornará uma pessoa melhor e beneficiará não somente a si mesmo, mas a todos ao seu redor e pode até causar o início de um efeito borboleta. O autor, Fernando Moraes, é de uma cidade próxima à minha, mas também criou o JAC – Jovens Altruístas de Campinas (minha cidade, olá).

Apesar de conter alguns poucos trechos e histórias da Bíblia, Renovo não é um livro religioso. Mesmo tratando sobre alguns problemas políticos, não partidários, não é um livro político. Acredito que esses dois temas sejam inevitáveis em livros que tratam sobre o crescimento pessoal, afinal, são características e pensamentos inerentes ao ser humano nos dias de hoje. Tratar de religião não significa ter uma religião ou sequer acreditar em um ou vários deuses, bem como falar sobre política não significa sequer ter uma posição definida (e nem vou falar de esquerda/direita aqui) em qualquer questão política. Os pontos mostrados no livro tratam apenas de um ponto: pensar no outro.

“Para muitos, é mais fácil lidar com bichos, pelo menos em determinadas situações. Desde sempre ouço que ‘O ser humano é um mistério, como é difícil lidar com gente’. Dito por um humano, isso soa como se ele estivesse fora do corpo, sem avaliar que essa dificuldade em muito tem a ver com a forma como nos comportamos diante dos outros; falamos de moralidade como se tivéssemos uma conduta irrepreensível, acima de qualquer suspeita, mas, ao mesmo tempo, compramos aparelhos falsificados para captar sinal de TV a cabo sem pagar a mensalidade, adquirimos CDs e DVDs piratas, isso quando não sonegamos impostos. Entretanto, quando o assunto é criticar o governo ou até mesmo falar do vizinho, somos a perfeição da natureza.” P. 24

Esse trecho em especial foi um tapa imenso na minha cara, porque não sou exatamente uma pessoa paciente e acredito piamente que lidar com bichos é uma tarefa ridiculamente mais simples do que lidar com seres humanos. Isso não significa, porém, que ter amizade com um cachorro ou um gato é mais gratificante para mim. Inclusive, o autor cita o crescimento absurdo da indústria veterinária que estamos vivendo, em grande parte por esse afastamento das pessoas. Em geral, é muito mais barato cuidar de um gato, cachorro, papagaio, calopsita, coelho, hamster que brilha no escuro (...) do que de um filho.

Isso gera alguns problemas. Por exemplo, em tempos difíceis, não é meu gato que vai me ajudar a fazer minha mudança, embora ele seja uma ótima companhia e com certeza vá dormindo no meu colo no caminhão ou no carro. Meu gato também não pode me ajudar a arranjar um emprego e, infelizmente, não adianta ele me oferecer a caixinha dele quando eu não tiver onde morar.

O livro não trata apenas dessa questão, mas essa foi uma das que mais me marcou. São pequenos capítulos, em um livro pequeno e com grande espaçamento (OBRIGADA por isso, inclusive), ou seja, é rápido e dá pra ler em um dia só. Também possui várias referências interessantes, até sobre filosofia, o que me faz querer guardar o livro com carinho e reler sempre que possível e/ou necessário.

No final, não existe escapatória: você terá que lidar com pessoas e fazer amigos. Quanto antes você aceitar o fato, melhor. Afinal, você no mínimo terá que conviver com uma pessoa: você. Assim, é mais fácil aceitar o fato e ficar de bem consigo mesmo. Ter empatia e se colocar no lugar do outro só pode ajudar nessa questão, acredite. Desejo que a palavra “Renovo” nunca mais saia da sua vida.

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