Walden, H. D. Thoreau





 Este livro foi uma cortesia da L&PM Pocket.

“Fui para a mata porque queria viver deliberadamente, enfrentar apenas os fatos essenciais da vida e ver se não poderia aprender o que ela tinha a ensinar, em vez de, vindo a morrer, descobrir que não tinha vivido.”
Em 1845, cansado com a sociedade americana atual devido ao crescente industrialismo e comercialismo, H. D. Thoreau resolveu tirar dois anos, dois meses e dois dias de sua vida para se isolar completamente em uma cabana à beira do Lago Walden. Durante esses anos de solidão, ele dedicou seu tempo para refletir sobre os mais diversos assuntos que nos cercam, originando uma das maiores obras já escrita.

No decorrer desse livro, somos inseridos nos pensamentos críticos e ácidos de um homem recluso que deseja evitar o mundo que tem se tornado supérfluo. Em sua escrita, se torna evidente de que sua intenção não era tornar a obra um sucesso literário. Beirando a divagação, Walden traz algo que se assemelha a um diário, onde ele depositou toda sua indignação, ideias desenvolvidas durante sua vida e, principalmente, ao tempo dedicado apenas às vozes de sua cabeça em seu período de isolação social.
"Nunca é tarde demais para abandonar nossos preconceitos. Não se pode confiar às cegas em nenhuma maneira de pensar ou de agir, por mais antiga que seja. O que hoje todo mundo repete ou aceita em silêncio como verdade amanhã pode se revelar falso, mera bruma de opinião que alguns tomam como uma nuvem de chuva que fertilizaria seus campos."
Uma das características mais emblemáticas de Walden é, sem dúvida, a atemporalidade em diversos aspectos. Não estranhe se, em algum momento, ficar surpreso com alguma passagem que se encaixe perfeitamente à sociedade contemporânea. Este aspecto de sua obra foi um dos fatores para influenciar algumas das maiores figuras revolucionárias da história, como Gandhi e Martin Luther King.
"Existem aqueles que não têm respeito por si mesmos e são patriotas, e sacrificam o maior ao menor. Eles amam o solo de suas sepulturas, mas não têm qualquer afinidade com o espírito que ainda pode lhes animar o barro da existência."
Apesar de ser um livro denso, com escrita inteligente e reflexiva, não é uma obra difícil de ler acompanhada, contudo, tampouco é algo para ler apenas para distração. Cada palavra parece ter sido cuidadosamente escolhida para passar todas as ideias angustiadas presas em Thoreau. Sua filosofia moderna e subjetiva é a pedida perfeita para quem está disposto a ampliar seus conhecimentos, ou apenas para renovar os antigos que, em sua mente acomodada, pode ter se tornado algo concreto. Walden ensina, acima de tudo, que devemos estar constantemente duvidando de nós mesmos, pois o pensamento é e deve ser algo mutável.

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