Fortaleza Digital, Dan Brown




Fortaleza Digital é um livro que me marcou muito. Na verdade, acho que todos os livros de Dan Brown tiveram esse efeito em mim. Não foi só pelas suas obras que esse autor fez parte da minha vida. Comecei a ler seus livros em 2008 (estava na oitava série), por causa de um amigo querido, e ao longo dos anos, acabei conhecendo muitas pessoas, que hoje são muito importantes pra mim, por causa desse autor.

Foi o primeiro livro que literalmente atirei na parede quando terminei de ler. E o livro na verdade nem era meu – vale pedir desculpas para o dono por aqui? Desculpa. Sou dessas pessoas que tem o maior cuidado do mundo com um livro e mesmo assim, esse livro me irritou a ponto de me levar a isso. Foi exatamente por isso que gostei tanto dele. O motivo? Bom, o final. Não vou conta-lo, é claro, mas digo que se você espera um final comum ou mesmo um final bem elaborado, este não será seu livro favorito.

Este lindo livro verde é na verdade precursor do livro que tornou Dan Brown um escritor muito famoso, O Código Da Vinci. O tema central do livro é a criptografia. Susan Fletcher, uma famosa matemática, trabalha para a NSA, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, e é plenamente consciente da importância e periculosidade das informações que tem em mãos. Seu noivo, David Becker, professor universitário especialista em línguas, é enviado por seu chefe pra perseguir um anel na Espanha, enquanto Susan tenta resolver os problemas que aparecem do outro lado do mundo. A parte mais empolgante do livro no quesito “ação” fica com David. Isso vem com um certo suspense, já que o livro se passa simultaneamente em duas partes opostas do mundo e o autor costuma trocar de continentes conforme avança nos capítulos, sempre deixando aquele “espera, o que acontece por aqui??”.

Outros dois personagens são relevantes para a história: Ensei Takado, genial inventor de um novo algoritmo de encriptação, causa de todo o problema e dono do dito anel, é, para mim, o personagem mais fascinante deste livro. O prólogo do livro é sobre sua morte. Mesmo assim, todo o andamento do livro é controlado por ele. Definitivamente, não se trata de um homem simples. Nem mesmo o computador mais poderoso da NSA consegue quebrar seu código. É aí que entra o anel. Ou deveria entrar. Strathmore, chefe da NSA, autoritário e um bom babaca, comanda todo o resto. Na verdade, nem ele sabe muito bem com o que está lidando, mas não hesita antes de mentir e manipular.

Gosto desse autor, e especialmente deste livro, pela habilidade em transformar vilões em mocinhos e mocinhos em vilões. A narrativa é rápida, bem simples de acompanhar. Seus livros são sempre sobre assuntos que jamais teremos como investigar (ou alguém aí pode andar em túneis subterrâneos no Vaticano?), mas, mesmo assim, transmite uma segurança e uma veracidade que poucos autores conseguem replicar.

São dezenas de perguntas ao longo da história, que mudam, pulam, confundem e voltam, com dezenas de reviravoltas, que alguns encaram como “enrolação”. Não sou uma dessas pessoas. São diversas charadas, enigmas e quebra-cabeças, que te fazem participar do livro ao invés de esperar os personagens aparecerem com as respostas. E então você fica realmente bravo. Bom, eu fiquei. E adorei.

Fortaleza Digital me mostrou o quanto as coisas simples podem ser importantes, e como algumas coisas às vezes podem ter muito mais do que um único significado, dependendo de como você as encara (olá, Desventuras em Série).

“APENAS A VERDADE PODERÁ SALVÁ-LOS
DIGITE A SENHA ______.”

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